quarta-feira, 26 de março de 2008

Little Boxes

(Malvina Reynolds)
Versão: Nara Leão

Uma caixa bem na praça, uma caixa bem quadradinha
Uma caixa, outra caixa, todas elas iguaizinhas
Uma verde, outra rosa e uma bem amarelinha
Todas elas feitas de tic tac, todas elas iguaizinhas

As pessoas nessas casas vão todas pra universidade
Onde entram em caixinhas quadradinhas iguaizinhas
Saem doutores, advogados, banqueiros de bons negócios
Todos eles feitos de tic tac, todos, todos iguaizinhos

Jogam golf, jogam pólo, bebendo um bom martini dry
Todos têm lindos filhinhos bonitinhos e engomadinhos
As crianças vão pra escola, depois pra universidade
Onde entram em caixinhas e saem todas iguaizinhas

Os rapazes ficam ricos e formam uma família
Todos eles em caixinhas, em casinhas iguaizinhas
Uma verde, outra rosa e outra bem amarelinha
E são todas feitas de tic tac, todas, todas iguaizinhas

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Não sei o Porquê, mas ultimamente isso esta sendo cada vez mais comum,não sei se já repararam mas as pessoas parecem ser fabricadas cada vez mais em lotes todos iguais só mudam a cor e a data de fabricação, mas vestem e se comportam da mesma maneira.
Drummond no seu poema eu etiqueta diz que “É doce estar na moda, ainda que a moda seja negar minha identidade” Acho que só existem duas identidades a minha e a não minha afinal a necessidade de ser aceita por um grupo não exclusiva do adolescente, que segundo psicólogos andam em grupos, mas sim do ser do nosso século que deixa de existir e passa a ser uma coisa, sem a capacidade de raciocinar de criar seu próprio mundo e ter sua individualidade.
Posso não jogar o jogo, mas posso escolher meus próprios caminhos posso viver minha própria peça e não apenas interpretar a do outro, posso vestir minha mascara sem a preocupação se ela servira a outro que não eu.

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